O Trem 1

Primeira parte
 
Um homem estava andando por uma cidade deserta. A cidade começava a apresentar sinais de deterioração em sua construções. O mato começava a tomar conta de tudo. Quando ele avistou um trem enorme, com muitos vagões se aproximando daquela cidade. Para lá ele se dirigiu, quando ele avistou o trem bem próximo de si. Mesmo sem fazer nenhum sinal o trem parou.

Ao andar pelo lado de fora do trem, o homem não conseguia ver nada no lado de dentro , suas janelas não deixavam passar nenhuma luz, não escutava nenhum barulho vindo de dentro do trem. Parecia  estar abandonado, assim como aquela cidade. Ele foi percorrendo até o último vagão. Sem perceber, o homem estava dentro do trem e ele começou a se locomover. Não sabia como tinha entrado, pois não avistara nenhuma porta. Parecia que tinha sido sugado por aquele trem.

O homem começou a andara pelo último vagão, e lá encontrou muitas pessoas, todas pareciam ser de um mesmo grupo, todos estavam praticando atos promíscuos, das mais variadas formas. Alguns tentaram agarrar o homem para fazer parte destes atos. Mas ali ele não ficou, se sentiu muito mal, aquilo não fazia parte de sua formação, seu caráter. Mesmo sendo pego pelas suas mãos ele conseguiu sair dali. Ficando em seu corpo uma sensação muito ruim de desespero, de tristeza de pânico. Então ele continuou a andar pelos vagões do trem.

No vagão seguinte ele avistou, outro grupos de pessoas, pareciam ser todos orientais, todos estavam dormindo, em um tipo de rede, que os enrolava, fazendo como se fosse um casulo. O silêncio era total nada os fazia se mexerem. A luz era bem tênue e não se via nenhuma luz do lado de fora do trem, mesmo estando o dia ensolarado. Ali o homem só sentiu frio, e o vazio dentro de si. E ele prossegui por sua jornada dentro daquele trem.

Conforme ele ia andando para frente, a luz começava ficar mais clara, seu corpo começou a sentir uma sensação de maior conforto, mais condizente com seu estado evolutivo. Quando ele encontrou a primeira pessoa andando e fazendo algo no trem. Então o homem perguntou. "Que trem é este, para onde ele vai, o que estas pessoas estão fazendo dentro deste trem. Nenhuma reposta lhe foi dita. Mas na sua mente na forma de um pensamento, foi-lhe dito. "Este trem nunca para, exceto na primavera, que ficamos parados por um breve momento".

Então ele foi parar no primeiro vagão, lá ele encontrou muitas pessoas trabalhando, pareciam ser enfermeiras, e o vagão era como um grande hospital. A luz de fora entrava mais forte, as pessoas andavam de um lado para o outro atarefadas. E ali ele se sentiu melhor. O homem pensou, "é aqui que devo ficar, aqui é o meu lugar. Então uma senhora, que parecia ser a encarregada do local, chegou e lhe falou."Para ficar aqui você precisa ter o dinheiro necessário para ficar neste vagão". Então o homem ficou sem palavras, pois não sabia se possuía tal dinheiro. Quando ele colocou as mãos no seu bolso e viu que lá havia uma certa quantidade de dinheiro, que nem ele sabia que tinha. A senhora então olhou para o homem e com um sorriso nos olhos lhe disse. "Você tem dinheiro suficiente para ficar muitos anos aqui conosco. Ache um lugar para você ficar. Então o homem se acomodou no lado de um senhor de meia idade, com um sorriso no seu rosto, e  ele disse ao homem,  "que bom que você está aqui, neste lugar você vai encontrar a sua cura". 

Com o passar do tempo chegou a primavera, e o trem parou, algumas pessoas, que conseguiam, saíram do seus vagões, mas a maioria não saiu. Eles pararam em um lindo jardim no meio de um campo. E todos ficaram parados absorvendo em seu corpos a luz do sol. Ali o homem se sentiu que estava recebendo a sua cura, mesmo pensando que ele não estava doente. Mas aquilo lhe fazia bem.

Abraços fraternos

Gustavo