A rua que parou no tempo

O homem caminhava por uma cidade, quando entrou em uma rua diferente à todas daquela cidade.
Era uma rua de pedras bem polidas, casas coloridas, prédios antigos, num formato bem quadrado em um tom violeta, revestidos com azulejos do mesmo tom sobre suas janelas, não havia grades nem muros, as pessoas andavam livremente. Deixavam suas janelas e portas abertas, para receberem seus vizinhos a qualquer hora que fosse necessário. Parecia ser uma vila que havia parado nos anos 60 dentro de uma cidade que se modificou com o passar dos anos. Mas aquela rua tinha algo de especial, o homem não sabia o que era, mas ali ele se sentiu muito bem, como se estivesse voltando para sua casa, sua infância, era um lugar que lhe deixava feliz. Ele então entrou em uma das casas, sua paredes eram de um tom creme, era uma casa simples, mas muito bem cuidada, jardins e flores na sua entrada e dentro móveis antigos, dispostos em uma organização que parecia ser perfeita, não havia muitos móveis mas todos foram colocados de um modo que preenchia corretamente os ambientes. Tudo dentro da casa parecia fluir, de uma maneira perfeita, o ar, a luz do sol, a energia daquele local era de paz e tranqüilidade. Parecia que aquela casa havia o convidado para entrar. Dentro da casa ele encontra uma senhora, ao olhar para ela, ele sabia que a conhecia, era alguma amiga sua, alguém que ele gostava, mas o homem não sabia quando e onde tinha visto aquela senhora antes. Mas em seu coração ele sentia ser alguém que foi muito especial em sua vida. Então os dois se encontraram e começaram a conversar como se nunca tivessem se separados por longos anos. Foi uma conversa extremamente prazerosa, os assuntos eram alegres e divertidos o tempo se passou sem que eles percebessem. Quando então a mulher o levou para passear pela aquela rua. Era uma tarde gostosa de sol convidativa para uma caminhada. Estavam eles andando, quando uma outra senhora que também o conhecia, passou pela rua em um carro antigo do anos 50, branco conversível, muito bem conservado, e ao encontra-los lhe deu um grande sorriso e disse para o Homem, "como é bom te ver aqui de novo, volte sempre para nos visitar". O homem acenou com a sua mão, muito feliz pois aquela senhora também lhe era familiar. Ele então ficou olhando aquela senhora, que logo a frente parou para cumprimentar um senhor, de cabelo bem branco, que estava na porta de sua casa. Ela lhe falou, "que saudades logo estarei aqui com você". E o homem lhe respondeu," tudo ao seu tempo você ainda tem deveres a cumprir, quando chegar a hora vamos ficar juntos novamente". E ela em seu carro continuou sua jornada, feliz mesmo sabendo que tinha que esperar por aquele momento que para ela seria muito especial. Então o homem continuou sua caminhada até o final daquela rua, apreciando as casas, as flores, as pessoas, e quando lá chegou a sua amiga lhe disse. "Venha nos visitar quando você quiser, aqui você sempre encontrará um lar um conforto um ombro amigo". Então o homem se despediu de sua amiga, mas com um sentimento de muita felicidade e satisfação, ele virou a esquina e continuou por sua jornada pelo mundo em busca de sua missão. 

Abraços fraternos 
Gustavo

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