Um pedaço de isopor
Havia um barco cheio de pessoas, em meio a uma tempestade, diferente e nova a
todos eles, cada um tinha sua profissão, mas todos no barco tinham algo em
comum, eles eram servidores e prestadores de contas de suas tribos escolhidos
pelos seus semelhantes, estavam juntos naquela jornada pois ganharam o direito a
este cruzeiro. O barco esteva afundando, pelo erro da rota quando enfrentaram
algo nunca visto, que os fez ir em direção ao desconhecido, o capitão não
conseguia governar este barco, mesmo um capitão com boas intenções não navega um
barco daquele tamanho sozinho, impossível saber e cuidar de tudo, poucos o
ajudavam a pensar em conjunto, todos o boicotaram, o pensamento no bem comum era
raro, alguns julgavam que seguir as regras de navegaçao daquele barco era o
errado a fazer, o barco está prestes a afundar pelo excesso de peso e
principalmente pelos egos imensos. Os moluscos e os peixes sanguessugas estam
sedentos para que o barco afunde. As discussões eram gigantescas, no que fazer,
para onde correr. Viram eles que se o barco afundar os salva vidas além de
poucos era ineficazes para muitos deles, não serveria em muitos por falta de
preparo; alguns até sabiam nadar mas se uma onda mais forte os pegassem poderiam
se afogar fácil pela rápida falta de ar, água inundando os pulmões os faria
sucumbir, mesmo com tantos cientistas a bordo, que não tinham tempo de pensar em
um novo salva vidas, a tempestade ia piorando, a indecisão de seguir por algum
caminho também aumentava assim como o ego e as discussões. Até que a tempestade
fez alguns dos seus caírem no mar. Muitos pensaram mas não sou eu, deixe se
afogar, mas outros com um compaixão por verem que alguns eram do mesmo sangue,
da mesma raça, tiveram o instinto da sobrevivência e atiraram ao mar um pedaço
de isopor. Por que fez isso? Perguntaram os céticos. Sem pensar meus amigos nós
temos que nos agarrar no que temos, até chegar a um porto seguro e com estudo e
lógica ver onde erramos, por hora o pedaço de isopor é a chance que temos. Assim
continua a jornada na tempestade e na insegurança. Enquanto no porto as pessoas
esperam a chegada de um milagre e dos verdadeiros e isentos cientistas.
Gustavo Costa Prevedello
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